quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Relatório de observação 2° semestre

Resumo

De acordo com a disciplina “Ensino de Geografia e Estágio de Vivência” ofertada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e ministrada pela Profª. Drª. Rosely Archela, estarão sendo feitas algumas reflexões sobre o estágio de observação de aulas de geografia no ensino médio. Este trabalho foi realizado no Colégio Hugo Simas, escola pública da cidade de Londrina, com foco nas turmas de 3ª série do ensino médio.

Palavras – chave: Ensino de Geografia, Ensino Médio, Escola Pública, Professor.

Introdução

Seguindo os padrões da observação anterior em relação ao Ensino de Geografia, este trabalho foi realizado no Colégio Hugo Simas da cidade de Londrina, pelos alunos Flávia Rolim Loureiro Guimarães, Deyvid Fernando dos Reis e Evandro Gabriel Arcanjo, regularmente matriculados no 3º ano de Geografia da UEL.

Descrição das atividades observadas

Analisou-se a escola enquanto objeto físico, visto que é nela em que o processo de aprendizagem ocorre, e que isso influi muito no aproveitamento do aluno e na didática do professor. O espaço do Colégio Hugo Simas é razoavelmente grande, suficiente para comportar o número de alunos que estão matriculados. O estabelecimento foi reformado, tornando-o mais agradável e organizado para a realização das atividades do colégio. Há diversos funcionários, como: faxineiros, cozinheiros, seguranças, porteiros, secretários, professores, coordenadores, diretores etc, o que dinamiza melhor a distribuição das atividades entre estes profissionais. Além disso, cada sala era equipada com televisores com entrada de pendrive.

No primeiro dia de observação, o professor nos apresentou para todas as turmas e em seguida deu início à aula fazendo a chamada. O professor deu continuidade à ultima aula, cujo tema era “Os conflitos atuais e a organização do espaço geográfico na atualidade”. Esse conteúdo seria um dos últimos a ser ensinado antes da prova.
Foi feita a leitura no livro didático com a participação de alguns alunos nessa leitura. O professor utilizou o quadro negro apenas para escrever algumas palavras de relevância e um mapa-mundi para localizar as regiões abordadas na aula, e fez algumas perguntas para os alunos, relacionadas ao que tinham visto na televisão, jornal, internet ou revista sobre os conflitos mundiais. Alguns alunos responderam à pergunta, e citaram a Guerra no Iraque, o 11 de setembro e a questão na Geórgia. A turma se manteve um pouco agitada, porém houve uma participação satisfatória na aula. Acreditamos que isso tenha a ver com a proximidade da data da prova, a qual preocupava muito os alunos.
O professor não teve grande dificuldade em manter a disciplina na aula, algumas conversas paralelas foram notadas, porém dois meninos que conversavam muito foram alertados que iriam perder 1 ponto cada um na prova, caso continuassem a conversa. Eles mantiveram-se quietos após a atitude do professor.
No fim da aula o professor indicou uma leitura do material didático, sobre “O papel da África no século XXI”, que seria tema da aula seguinte. Todos os alunos deveriam ler sobre o tema, pois haveria a discussão do assunto.

Logo após a primeira aula, fomos para a outra turma do 3º ano. Nesta sala seriam dadas duas aulas seguidas de Geografia excepcionalmente, devido à necessidade que o professor teve anteriormente em ausentar-se. De acordo com a divisão dos horários, uma dessas aulas seria pertinente à uma outra turma de 3º ano, porém esta estava mais adiantada no conteúdo. O tema foi o mesmo da turma anterior: Os conflitos atuais e a organização do espaço geográfico na atualidade; porém veriam todo o conteúdo no mesmo dia. A turma estava muito agitada, principalmente no período que se aproximava do intervalo. O professor sentiu mais dificuldade em manter a atenção dos alunos sobre a matéria, pois eles não demonstravam interesse sobre o assunto, principalmente no momento da leitura. Poucos participavam espontaneamente, o que fez com que o professor questionasse mais os alunos para prendê-los a atenção. Um grupo de 5 alunos (3 meninos e 2 meninas) conversaram ao longo da aula, o que fez com que o professor pedisse para que eles trouxessem uma pesquisa feita em casa, individualmente sobre o assunto dado, para a aula seguinte valendo nota. Os alunos reagiram com aversão à ordem do professor, e disseram achar aquilo uma injustiça. O professor utilizou o quadro negro e mapa-mundi para expor alguns conceitos, igualmente na turma anterior, seguindo com algumas perguntas para a sala, focando-se principalmente nos alunos mais dispersos. Foi feita a chamada e também foi sugeria a leitura sobre a África no material didático.

Na observação seguinte, o professor cobrou a pesquisa dos 5 alunos que haviam se dispersado na aula anterior e fez a chamada. Apenas 1 não fez a tarefa. O professor disse que ele não estava levando à sério a matéria há muito tempo, e isso iria comprometê-lo no vestibular, além de perder 1 ponto na prova por não ter feito a pesquisa. O aluno mostrou indiferença ao comentário do professor e sentou-se na última carteira da sala, mostrando-se mais distante.
Posteriormente, o professor perguntou quem havia lido o texto sobre a África e cerca de 75% dos alunos afirmaram ter realizado a leitura. Houve surpresa por parte do professor, visto que geralmente menos de 50% costumam atende-lo nessas propostas. Em seguida, o professor discutiu a matéria e fez um esquema para orientação do conteúdo no quadro e expôs algumas imagens sobre a África, colhidas em revistas/livros. Este assunto mostrou grande interesse por parte da maioria dos alunos, que fizeram diversas perguntas ao professor, referentes à exploração dos africanos, a questão cultural etc. Um aluno citou o filme “Hotel Ruanda”, e sugeriu que fosse passado em sala de aula para a turma, mas o professor negou a proposta devido à falta de tempo, pois haveria de fazer uma revisão da matéria dada no semestre antes da prova; porém incentivou os alunos a assistirem ao filme.
A aula terminou com 10 minutos de atraso devido às diversas discussões sobre a África. Constatamos que a aula foi produtiva, pois houve grande interação entre os alunos e o professor; o que garantiu uma boa disciplina de todos.
O professor avisou que o conteúdo da matéria terminava alí e que a aula seguinte seria de revisão, e seria importante que os alunos estudassem para retirar possíveis dúvidas.

Em seguida partimos para outra turma que também teve a aula sobre a África. Até então nós não tínhamos observado a aula nessa sala, e o professor precisou nos apresentar. Segundo ele, esta turma era a mais agitada entre as três.
O professor fez a chamada e ao iniciar a aula manteve uma postura mais autoritária com a turma, devido à enorme dificuldade em mantê-los atentos à matéria. Haviam muitas conversas paralelas, o que tornava a aula mais improdutiva pela necessidade da intervenção do professor. Ele passou alguns tópicos no quadro, expôs as imagens e alguns alunos participaram da aula, porém a grande maioria parecia preocupada com outros assuntos, como a prova de matemática que ocorreria naquele mesmo dia, além de outros assuntos sem relação com a escola. O professor alertou um pouco irritado, que este tema cairia na prova e que era de relevância para o vestibular. A aula terminou com alguns minutos de antecedência devido à agitação da turma que afetou a paciência do professor.

Posteriormente seguimos para outra turma, onde cerca de 50% dos alunos haviam feito a leitura sobre a África. Porém a participação na aula mostrou-se satisfatória devido à participação dos alunos. O professor adotou o mesmo procedimento que nas turmas anteriores: quadro negro, imagens sobre a África e discussão do tema com os alunos. A aula foi produtiva e rica em informações.
Algumas conversas paralelas foram observadas, mas de modo geral, não atrapalharam a aula. O professor finalizou o conteúdo e lembrou os alunos sobre a revisão da aula seguinte.

Na observação seguinte, o professor iniciou a revisão para a prova. Os conteúdos revisados seriam: Nova Política Econômica, Oriente Médio (conflitos e importância geopolítica), Guerra Irã x Iraque, Guerra do Golfo, A questão do petróleo no cenário mundial, 11 de setembro, Os conflitos atuais e a organização do espaço geográfico na atualidade e a Questão Africana. Os alunos mostraram-se preocupados ao longo da revisão, pois a maioria não se sentia domínio do assunto. Muitos falaram que iriam muito mal na prova durante a aula, ao acompanharem o professor.
Percebemos uma disciplina maior por parte dos alunos, devido à proximidade com a data da avaliação. O professor não precisou interromper com freqüência a aula por causa das conversas paralelas. Nesta revisão o material utilizado foi: mapa-mundi e quadro negro, apenas.
Posteriormente, o professor fez a revisão nas outras duas turmas, ambas comportaram-se basicamente como a turma anterior. Verificamos uma indisciplina um pouco maior em uma delas, onde o professor não pôde tirar muitas dúvidas dos alunos devido às conversas paralelas e interrupções desnecessárias dos alunos.
O professor alertou todas as turmas sobre a dificuldade da prova, pois ela abordaria temas importantes e complexos, o que amedrontou a grande maioria dos estudantes. Alguns se mostraram despreocupados ou desinteressados com o que o professor iria cobrar na prova.

De modo geral, vimos que o professor tem uma boa postura com a sala, apesar de toda a dificuldade em passar a matéria. Ele utiliza recursos importantes para o ensino de Geografia como mapas, imagens, reflexão dos temas através de conteúdos abordados na TV, internet, revistas e livros, além de promover a leitura do livro didático e fazer questões para a sala, na tentativa de prender a atenção dos alunos e fazê-los assimilar a matéria. Apenas, o quadro negro não é muito explorado, pois o professor utiliza-o apenas para fazer pequenos esquemas ou escrever algumas palavras, e isso dificulta o processo de aprendizagem de muitos alunos.

Oficina

Elaboramos um jogo de quebra – cabeça onde ao acerto de determinadas perguntas o aluno montava em partes o território nacional.

Fabricamos dois mapas do Brasil divididos no número de estados e conforme o aluno e/ou grupo fossem acertando as perguntas tinham o direito de montar o quebra – cabeça que ao final das questões formaria o e território nacional.

As perguntas eram de múltipla escolha e de diversos conteúdos relacionados à disciplina de geografia podendo ser aplicado em qualquer série após elaboração de conteúdos respectivos a série que se objetiva fazer a aplicação.
Utilizamos como material para fabricação dos mapas papelão e encapamos com papel celofane colorido separando as regiões por cor, o que já aguça o olhar de alguns alunos dependendo da idade. As questões foram elaboradas tendo como base livros didáticos variados de acordo com o que é visto nas séries de ensino médio.
Foi feita uma demonstração para uma turma do 3° ano do curso de geografia da Universidade Estadual de Londrina aonde somos graduandos e observamos que apesar das questões relativamente fáceis, pois foram elaboradas visando a aplicação no ensino fundamental, os alunos se interessaram pela forma de aplicação que aguça a curiosidade de ver o mapa após montado por completo, o que só ocorre depois de respondida corretamente as perguntas. Dessa forma o aluno participa ativamente e se esforça para acertar as questões e apreciar o resultado onde todos apreciam e apreendem.

Existe um custo beneficio com esse jogo, porque os preços dos materiais não saíram caros comparados com quebra-cabeça fabricados comercialmente e qualquer docente que tenha tempo pode montar esse jogo. Além disso, o jogo pode ser utilizado por varias séries no ensino fundamental e médio.

Artigo

PRATICAS DE INSTRUMENTOS PARA CONSTRUÇÃO COGINITIVA DO ALUNO

Evandro Gabriel Arcanjo e Luis Felipe Fregonesi – Universidade Estadual de Londrina
Gabriel_arcanjoo@hotmail.com

Resumo
Existe uma falta de interesse significativa por parte dos alunos na atualidade em assistir aulas. Pesquisas recentes indicam que a monotonia nas aulas é a principal causa desse desinteresse. Afim de que as aulas possam ser motivadoras e interessante este artigo tem o propósito de sugerir a pratica de instrumentos para construção cognitiva do aluno tendo como exemplo a utilização de jogos.

Palavras chaves: Educação, instrumentação, jogos

INTRODUÇÃO
Com todas as mudanças que ocorrem na atualidade e que muitas vezes passam despercebidas por alguns já que é tanta informação ao mesmo tempo sem que haja tempo de verificar a veracidade de cada uma delas, é de fundamental importância que os ramos relacionados ao ensino possam se enquadrar de modo a auxiliar - pois a família é a primeira etapa -, na formação de seres humanos íntegros e civilizados.
Dessa forma para a formação de cidadãos críticos aptos a viver diante dessas mudanças existe a necessidade de mudanças em quem geralmente são orientados a passar determinados conhecimentos, no caso, os professores.
Com essas transformações atualizam-se tecnologias que nem todos têm acesso dificultando a vida de alguns educadores – muitas vezes o aluno conta com a tecnologia fora da escola.
Nosso estudo tem a finalidade de sugerir o uso de instrumentos, seja ele tecnológico ou não nas oportunidades de aulas que venham ocorrer. Observamos diante alguns estudos que levar para sala de aula novos métodos aguça o interesse dos alunos das mais diferentes idades e no caso de jogos podendo relacionar com a realidade vivida o que leva a compreensão das transformações que o processo de globalização causa.
Utilizamos como material para fabricação dos mapas papelão e encapamos com papel celofone colorido separando as regiões por cor, o que já aguça o olhar de alguns alunos dependendo da idade. As questões foram elaboradas tendo como base livros didáticos variados de acordo com o que é visto nas séries de ensino médio.
Utilizamos como material para fabricação dos mapas papelão e encapamos com papel celofone colorido separando as regiões por cor, o que já aguça o olhar de alguns alunos dependendo da idade. As questões foram elaboradas tendo como base livros didáticos variados de acordo com o que é visto nas séries de ensino médio.




FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O artigo a seguir tem como base o projeto de pesquisa de mesmo nome elaborado como atividade acadêmica na Universidade Estadual de Londrina (UEL) no ano de 2008. Para elaboração do projeto e conseqüentemente elaboração do artigo utilizamos como fundamentação teórica duas pesquisas de conclusão de curso em Geografia também na UEL.
O primeiro trabalho foi de Thiago Luiz Alves que tem como titulo, “Uma nova proposta de ensino, com o auxílio de um material para-didático”, onde o autor pesquisa qual tipo de aula que mais agradava os alunos de uma determinada escola particular da cidade de Londrina - PR.
O autor utiliza-se da seguinte pergunta: “Qual melhor tipo de aula que posso viabilizar para meus alunos?” Desse modo expõe quatro tipos de aulas e deixou uma quinta alternativa livre para os alunos sugerirem qual tipo de aula que mais os agradam. Os quatro tipos foram: expositiva; no quadro; seminário e participativa.
O resultado foi que a aula participativa teve a preferência dos alunos da quinta à oitava série, crescendo em percentagem conforme elevação das séries.
Para nós são interessantes os dados dessa pesquisa que mostra o quão viável pode ser a utilização de instrumentos no ensino aonde os alunos sentem vontade de participar das aulas.
A segunda pesquisa utilizada como fundamento teórico foi a da Elisângela Ribeiro, qual titula o trabalho de “A importância da instrumentação no ensino de Geografia”, que ao contrario do trabalho de conclusão de curso do Alves coloca em pratica a instrumentação e a participação do aluno de um colégio Estadual de Ibiporã - PR, com jogos como caça palavras, bingo e entre outros. Em que tem também tutorial de montar jogos e introduzir eles em sala de aula. Fator importante para utilização desse trabalho como fundamentação teórica foi o de Ribeiro concluir que a aplicação de alguns instrumentos levou a percepção da importância no processo de ensino e aprendizado de Geografia.
Ribeiro entretanto deixou claro que a instrumentação no ensino de Geografia deve ser visto somente como um material de apoio a outros docentes e não uma regra.
Frisamos esse ponto, pois a instrumentação deve ser usada de maneira correta, e para que isso ocorra é despendido certo tempo de produção do instrumento que na maioria das vezes não se obtém devido os percalços da profissão de professor, além de que, existe um custo e temo de execução.

METODOLOGIA

Após analisados esses dois trabalhos elaboramos um jogo de quebra – cabeça onde ao acerto de determinadas perguntas o aluno montava em partes o território nacional.
Fabricamos dois mapas do Brasil divididos no número de estados e conforme o aluno e/ou grupo fossem acertando as perguntas tinham o direito de montar o quebra – cabeça que ao final das questões formaria o e território nacional.
As perguntas eram de múltipla escolha e de diversos conteúdos relacionados à disciplina de geografia podendo ser aplicado em qualquer série após elaboração de conteúdos respectivos a série que se objetiva fazer a aplicação.
Utilizamos como material para fabricação dos mapas papelão e encapamos com papel celofone colorido separando as regiões por cor, o que já aguça o olhar de alguns alunos dependendo da idade. As questões foram elaboradas tendo como base livros didáticos variados de acordo com o que é visto nas séries de ensino médio.
Foi feita uma demonstração para uma turma do 3° ano do curso de geografia da Universidade Estadual de Londrina aonde somos graduandos e observamos que apesar das questões relativamente fáceis, pois foram elaboradas visando aplicação no ensino fundamental, os alunos se interessaram pela forma de aplicação que aguça a curiosidade de ver o mapa após montado por completo, o que só ocorre depois de respondida corretamente as perguntas. Dessa forma o aluno participa ativamente e se esforça para acertar as questões e apreciar o resultado onde todos apreciam e apreendem.