quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Relatório de observação 2° semestre

Resumo

De acordo com a disciplina “Ensino de Geografia e Estágio de Vivência” ofertada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e ministrada pela Profª. Drª. Rosely Archela, estarão sendo feitas algumas reflexões sobre o estágio de observação de aulas de geografia no ensino médio. Este trabalho foi realizado no Colégio Hugo Simas, escola pública da cidade de Londrina, com foco nas turmas de 3ª série do ensino médio.

Palavras – chave: Ensino de Geografia, Ensino Médio, Escola Pública, Professor.

Introdução

Seguindo os padrões da observação anterior em relação ao Ensino de Geografia, este trabalho foi realizado no Colégio Hugo Simas da cidade de Londrina, pelos alunos Flávia Rolim Loureiro Guimarães, Deyvid Fernando dos Reis e Evandro Gabriel Arcanjo, regularmente matriculados no 3º ano de Geografia da UEL.

Descrição das atividades observadas

Analisou-se a escola enquanto objeto físico, visto que é nela em que o processo de aprendizagem ocorre, e que isso influi muito no aproveitamento do aluno e na didática do professor. O espaço do Colégio Hugo Simas é razoavelmente grande, suficiente para comportar o número de alunos que estão matriculados. O estabelecimento foi reformado, tornando-o mais agradável e organizado para a realização das atividades do colégio. Há diversos funcionários, como: faxineiros, cozinheiros, seguranças, porteiros, secretários, professores, coordenadores, diretores etc, o que dinamiza melhor a distribuição das atividades entre estes profissionais. Além disso, cada sala era equipada com televisores com entrada de pendrive.

No primeiro dia de observação, o professor nos apresentou para todas as turmas e em seguida deu início à aula fazendo a chamada. O professor deu continuidade à ultima aula, cujo tema era “Os conflitos atuais e a organização do espaço geográfico na atualidade”. Esse conteúdo seria um dos últimos a ser ensinado antes da prova.
Foi feita a leitura no livro didático com a participação de alguns alunos nessa leitura. O professor utilizou o quadro negro apenas para escrever algumas palavras de relevância e um mapa-mundi para localizar as regiões abordadas na aula, e fez algumas perguntas para os alunos, relacionadas ao que tinham visto na televisão, jornal, internet ou revista sobre os conflitos mundiais. Alguns alunos responderam à pergunta, e citaram a Guerra no Iraque, o 11 de setembro e a questão na Geórgia. A turma se manteve um pouco agitada, porém houve uma participação satisfatória na aula. Acreditamos que isso tenha a ver com a proximidade da data da prova, a qual preocupava muito os alunos.
O professor não teve grande dificuldade em manter a disciplina na aula, algumas conversas paralelas foram notadas, porém dois meninos que conversavam muito foram alertados que iriam perder 1 ponto cada um na prova, caso continuassem a conversa. Eles mantiveram-se quietos após a atitude do professor.
No fim da aula o professor indicou uma leitura do material didático, sobre “O papel da África no século XXI”, que seria tema da aula seguinte. Todos os alunos deveriam ler sobre o tema, pois haveria a discussão do assunto.

Logo após a primeira aula, fomos para a outra turma do 3º ano. Nesta sala seriam dadas duas aulas seguidas de Geografia excepcionalmente, devido à necessidade que o professor teve anteriormente em ausentar-se. De acordo com a divisão dos horários, uma dessas aulas seria pertinente à uma outra turma de 3º ano, porém esta estava mais adiantada no conteúdo. O tema foi o mesmo da turma anterior: Os conflitos atuais e a organização do espaço geográfico na atualidade; porém veriam todo o conteúdo no mesmo dia. A turma estava muito agitada, principalmente no período que se aproximava do intervalo. O professor sentiu mais dificuldade em manter a atenção dos alunos sobre a matéria, pois eles não demonstravam interesse sobre o assunto, principalmente no momento da leitura. Poucos participavam espontaneamente, o que fez com que o professor questionasse mais os alunos para prendê-los a atenção. Um grupo de 5 alunos (3 meninos e 2 meninas) conversaram ao longo da aula, o que fez com que o professor pedisse para que eles trouxessem uma pesquisa feita em casa, individualmente sobre o assunto dado, para a aula seguinte valendo nota. Os alunos reagiram com aversão à ordem do professor, e disseram achar aquilo uma injustiça. O professor utilizou o quadro negro e mapa-mundi para expor alguns conceitos, igualmente na turma anterior, seguindo com algumas perguntas para a sala, focando-se principalmente nos alunos mais dispersos. Foi feita a chamada e também foi sugeria a leitura sobre a África no material didático.

Na observação seguinte, o professor cobrou a pesquisa dos 5 alunos que haviam se dispersado na aula anterior e fez a chamada. Apenas 1 não fez a tarefa. O professor disse que ele não estava levando à sério a matéria há muito tempo, e isso iria comprometê-lo no vestibular, além de perder 1 ponto na prova por não ter feito a pesquisa. O aluno mostrou indiferença ao comentário do professor e sentou-se na última carteira da sala, mostrando-se mais distante.
Posteriormente, o professor perguntou quem havia lido o texto sobre a África e cerca de 75% dos alunos afirmaram ter realizado a leitura. Houve surpresa por parte do professor, visto que geralmente menos de 50% costumam atende-lo nessas propostas. Em seguida, o professor discutiu a matéria e fez um esquema para orientação do conteúdo no quadro e expôs algumas imagens sobre a África, colhidas em revistas/livros. Este assunto mostrou grande interesse por parte da maioria dos alunos, que fizeram diversas perguntas ao professor, referentes à exploração dos africanos, a questão cultural etc. Um aluno citou o filme “Hotel Ruanda”, e sugeriu que fosse passado em sala de aula para a turma, mas o professor negou a proposta devido à falta de tempo, pois haveria de fazer uma revisão da matéria dada no semestre antes da prova; porém incentivou os alunos a assistirem ao filme.
A aula terminou com 10 minutos de atraso devido às diversas discussões sobre a África. Constatamos que a aula foi produtiva, pois houve grande interação entre os alunos e o professor; o que garantiu uma boa disciplina de todos.
O professor avisou que o conteúdo da matéria terminava alí e que a aula seguinte seria de revisão, e seria importante que os alunos estudassem para retirar possíveis dúvidas.

Em seguida partimos para outra turma que também teve a aula sobre a África. Até então nós não tínhamos observado a aula nessa sala, e o professor precisou nos apresentar. Segundo ele, esta turma era a mais agitada entre as três.
O professor fez a chamada e ao iniciar a aula manteve uma postura mais autoritária com a turma, devido à enorme dificuldade em mantê-los atentos à matéria. Haviam muitas conversas paralelas, o que tornava a aula mais improdutiva pela necessidade da intervenção do professor. Ele passou alguns tópicos no quadro, expôs as imagens e alguns alunos participaram da aula, porém a grande maioria parecia preocupada com outros assuntos, como a prova de matemática que ocorreria naquele mesmo dia, além de outros assuntos sem relação com a escola. O professor alertou um pouco irritado, que este tema cairia na prova e que era de relevância para o vestibular. A aula terminou com alguns minutos de antecedência devido à agitação da turma que afetou a paciência do professor.

Posteriormente seguimos para outra turma, onde cerca de 50% dos alunos haviam feito a leitura sobre a África. Porém a participação na aula mostrou-se satisfatória devido à participação dos alunos. O professor adotou o mesmo procedimento que nas turmas anteriores: quadro negro, imagens sobre a África e discussão do tema com os alunos. A aula foi produtiva e rica em informações.
Algumas conversas paralelas foram observadas, mas de modo geral, não atrapalharam a aula. O professor finalizou o conteúdo e lembrou os alunos sobre a revisão da aula seguinte.

Na observação seguinte, o professor iniciou a revisão para a prova. Os conteúdos revisados seriam: Nova Política Econômica, Oriente Médio (conflitos e importância geopolítica), Guerra Irã x Iraque, Guerra do Golfo, A questão do petróleo no cenário mundial, 11 de setembro, Os conflitos atuais e a organização do espaço geográfico na atualidade e a Questão Africana. Os alunos mostraram-se preocupados ao longo da revisão, pois a maioria não se sentia domínio do assunto. Muitos falaram que iriam muito mal na prova durante a aula, ao acompanharem o professor.
Percebemos uma disciplina maior por parte dos alunos, devido à proximidade com a data da avaliação. O professor não precisou interromper com freqüência a aula por causa das conversas paralelas. Nesta revisão o material utilizado foi: mapa-mundi e quadro negro, apenas.
Posteriormente, o professor fez a revisão nas outras duas turmas, ambas comportaram-se basicamente como a turma anterior. Verificamos uma indisciplina um pouco maior em uma delas, onde o professor não pôde tirar muitas dúvidas dos alunos devido às conversas paralelas e interrupções desnecessárias dos alunos.
O professor alertou todas as turmas sobre a dificuldade da prova, pois ela abordaria temas importantes e complexos, o que amedrontou a grande maioria dos estudantes. Alguns se mostraram despreocupados ou desinteressados com o que o professor iria cobrar na prova.

De modo geral, vimos que o professor tem uma boa postura com a sala, apesar de toda a dificuldade em passar a matéria. Ele utiliza recursos importantes para o ensino de Geografia como mapas, imagens, reflexão dos temas através de conteúdos abordados na TV, internet, revistas e livros, além de promover a leitura do livro didático e fazer questões para a sala, na tentativa de prender a atenção dos alunos e fazê-los assimilar a matéria. Apenas, o quadro negro não é muito explorado, pois o professor utiliza-o apenas para fazer pequenos esquemas ou escrever algumas palavras, e isso dificulta o processo de aprendizagem de muitos alunos.

Oficina

Elaboramos um jogo de quebra – cabeça onde ao acerto de determinadas perguntas o aluno montava em partes o território nacional.

Fabricamos dois mapas do Brasil divididos no número de estados e conforme o aluno e/ou grupo fossem acertando as perguntas tinham o direito de montar o quebra – cabeça que ao final das questões formaria o e território nacional.

As perguntas eram de múltipla escolha e de diversos conteúdos relacionados à disciplina de geografia podendo ser aplicado em qualquer série após elaboração de conteúdos respectivos a série que se objetiva fazer a aplicação.
Utilizamos como material para fabricação dos mapas papelão e encapamos com papel celofane colorido separando as regiões por cor, o que já aguça o olhar de alguns alunos dependendo da idade. As questões foram elaboradas tendo como base livros didáticos variados de acordo com o que é visto nas séries de ensino médio.
Foi feita uma demonstração para uma turma do 3° ano do curso de geografia da Universidade Estadual de Londrina aonde somos graduandos e observamos que apesar das questões relativamente fáceis, pois foram elaboradas visando a aplicação no ensino fundamental, os alunos se interessaram pela forma de aplicação que aguça a curiosidade de ver o mapa após montado por completo, o que só ocorre depois de respondida corretamente as perguntas. Dessa forma o aluno participa ativamente e se esforça para acertar as questões e apreciar o resultado onde todos apreciam e apreendem.

Existe um custo beneficio com esse jogo, porque os preços dos materiais não saíram caros comparados com quebra-cabeça fabricados comercialmente e qualquer docente que tenha tempo pode montar esse jogo. Além disso, o jogo pode ser utilizado por varias séries no ensino fundamental e médio.

Artigo

PRATICAS DE INSTRUMENTOS PARA CONSTRUÇÃO COGINITIVA DO ALUNO

Evandro Gabriel Arcanjo e Luis Felipe Fregonesi – Universidade Estadual de Londrina
Gabriel_arcanjoo@hotmail.com

Resumo
Existe uma falta de interesse significativa por parte dos alunos na atualidade em assistir aulas. Pesquisas recentes indicam que a monotonia nas aulas é a principal causa desse desinteresse. Afim de que as aulas possam ser motivadoras e interessante este artigo tem o propósito de sugerir a pratica de instrumentos para construção cognitiva do aluno tendo como exemplo a utilização de jogos.

Palavras chaves: Educação, instrumentação, jogos

INTRODUÇÃO
Com todas as mudanças que ocorrem na atualidade e que muitas vezes passam despercebidas por alguns já que é tanta informação ao mesmo tempo sem que haja tempo de verificar a veracidade de cada uma delas, é de fundamental importância que os ramos relacionados ao ensino possam se enquadrar de modo a auxiliar - pois a família é a primeira etapa -, na formação de seres humanos íntegros e civilizados.
Dessa forma para a formação de cidadãos críticos aptos a viver diante dessas mudanças existe a necessidade de mudanças em quem geralmente são orientados a passar determinados conhecimentos, no caso, os professores.
Com essas transformações atualizam-se tecnologias que nem todos têm acesso dificultando a vida de alguns educadores – muitas vezes o aluno conta com a tecnologia fora da escola.
Nosso estudo tem a finalidade de sugerir o uso de instrumentos, seja ele tecnológico ou não nas oportunidades de aulas que venham ocorrer. Observamos diante alguns estudos que levar para sala de aula novos métodos aguça o interesse dos alunos das mais diferentes idades e no caso de jogos podendo relacionar com a realidade vivida o que leva a compreensão das transformações que o processo de globalização causa.
Utilizamos como material para fabricação dos mapas papelão e encapamos com papel celofone colorido separando as regiões por cor, o que já aguça o olhar de alguns alunos dependendo da idade. As questões foram elaboradas tendo como base livros didáticos variados de acordo com o que é visto nas séries de ensino médio.
Utilizamos como material para fabricação dos mapas papelão e encapamos com papel celofone colorido separando as regiões por cor, o que já aguça o olhar de alguns alunos dependendo da idade. As questões foram elaboradas tendo como base livros didáticos variados de acordo com o que é visto nas séries de ensino médio.




FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O artigo a seguir tem como base o projeto de pesquisa de mesmo nome elaborado como atividade acadêmica na Universidade Estadual de Londrina (UEL) no ano de 2008. Para elaboração do projeto e conseqüentemente elaboração do artigo utilizamos como fundamentação teórica duas pesquisas de conclusão de curso em Geografia também na UEL.
O primeiro trabalho foi de Thiago Luiz Alves que tem como titulo, “Uma nova proposta de ensino, com o auxílio de um material para-didático”, onde o autor pesquisa qual tipo de aula que mais agradava os alunos de uma determinada escola particular da cidade de Londrina - PR.
O autor utiliza-se da seguinte pergunta: “Qual melhor tipo de aula que posso viabilizar para meus alunos?” Desse modo expõe quatro tipos de aulas e deixou uma quinta alternativa livre para os alunos sugerirem qual tipo de aula que mais os agradam. Os quatro tipos foram: expositiva; no quadro; seminário e participativa.
O resultado foi que a aula participativa teve a preferência dos alunos da quinta à oitava série, crescendo em percentagem conforme elevação das séries.
Para nós são interessantes os dados dessa pesquisa que mostra o quão viável pode ser a utilização de instrumentos no ensino aonde os alunos sentem vontade de participar das aulas.
A segunda pesquisa utilizada como fundamento teórico foi a da Elisângela Ribeiro, qual titula o trabalho de “A importância da instrumentação no ensino de Geografia”, que ao contrario do trabalho de conclusão de curso do Alves coloca em pratica a instrumentação e a participação do aluno de um colégio Estadual de Ibiporã - PR, com jogos como caça palavras, bingo e entre outros. Em que tem também tutorial de montar jogos e introduzir eles em sala de aula. Fator importante para utilização desse trabalho como fundamentação teórica foi o de Ribeiro concluir que a aplicação de alguns instrumentos levou a percepção da importância no processo de ensino e aprendizado de Geografia.
Ribeiro entretanto deixou claro que a instrumentação no ensino de Geografia deve ser visto somente como um material de apoio a outros docentes e não uma regra.
Frisamos esse ponto, pois a instrumentação deve ser usada de maneira correta, e para que isso ocorra é despendido certo tempo de produção do instrumento que na maioria das vezes não se obtém devido os percalços da profissão de professor, além de que, existe um custo e temo de execução.

METODOLOGIA

Após analisados esses dois trabalhos elaboramos um jogo de quebra – cabeça onde ao acerto de determinadas perguntas o aluno montava em partes o território nacional.
Fabricamos dois mapas do Brasil divididos no número de estados e conforme o aluno e/ou grupo fossem acertando as perguntas tinham o direito de montar o quebra – cabeça que ao final das questões formaria o e território nacional.
As perguntas eram de múltipla escolha e de diversos conteúdos relacionados à disciplina de geografia podendo ser aplicado em qualquer série após elaboração de conteúdos respectivos a série que se objetiva fazer a aplicação.
Utilizamos como material para fabricação dos mapas papelão e encapamos com papel celofone colorido separando as regiões por cor, o que já aguça o olhar de alguns alunos dependendo da idade. As questões foram elaboradas tendo como base livros didáticos variados de acordo com o que é visto nas séries de ensino médio.
Foi feita uma demonstração para uma turma do 3° ano do curso de geografia da Universidade Estadual de Londrina aonde somos graduandos e observamos que apesar das questões relativamente fáceis, pois foram elaboradas visando aplicação no ensino fundamental, os alunos se interessaram pela forma de aplicação que aguça a curiosidade de ver o mapa após montado por completo, o que só ocorre depois de respondida corretamente as perguntas. Dessa forma o aluno participa ativamente e se esforça para acertar as questões e apreciar o resultado onde todos apreciam e apreendem.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Introdução

Este blog tem como objetivo auxiliar o graduando de Geografia a arquivar seus trabalhos em forma de um portifólio, aonde todos terão acesso aos conteudos postados podendo colaborar deixando o que entende a respeito do tópicos postados. Nesse portifólio estaram postados as pesquisas realizadas principalmente na disciplina de Ensino de Geografia e Estágio de Vivencia Docente.

Resenhas,comentários de artigos e bibliografia comentada sobre ensino de geografia

PCN

PCN – Temas Transversais – Trabalho e Consumo - Ensino Fundamental
1- De acordo com os PCN’s o conceito de transversalidade não se reduz à interdisciplinaridade. Apresentação de uma proposta de trabalho a partir do Tema Transversal Trabalho e Consumo: Entende-se a escola como uma organização que trabalha — que trabalha com uma tarefa específica e que, com seu trabalho, prepara futuros trabalhadores —, reproduzindo parcialmente as representações, valores e condições de trabalho mais gerais, a hierarquia, a especialização, a precarização do trabalho formal, o impacto das novas tecnologias. Está, portanto, condicionada por fatores estruturais. Pode, porém, desempenhar um papel importante na inclusão dos grupos sociais discriminados ou desfavorecidos, ainda que isso dependa fundamentalmente de políticas públicas (de alimentação, de habitação, saúde e de renda), assim como de investimentos diretos que modifiquem as condições de salário e de trabalho dos educadores. Na discussão sobre a relação entre escola e trabalho o que se afirma é que garantir aos alunos sólida formação cultural, favorecendo o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes de cooperação, solidariedade e justiça contribui significativamente tanto para a inserção no mercado de trabalho quanto para a formação de uma consciência individual e coletiva dos significados e contradições presentes no mundo do trabalho e do consumo, das possibilidades de transformação. De forma sucinta, o trabalho pode ser definido como a modificação da natureza operada pelos seres humanos de forma a satisfazer suas necessidades. Nessa relação, os homens modificam e interferem nas coisas naturais, transformando-as em produtos do trabalho. O trabalho, ao mesmo tempo que organiza e transforma a natureza, organiza e transforma o próprio homem e sua sociedade. O trabalho não é uma categoria abstrata ou sem localização histórica. Cada sociedade cria suas formas de divisão e organização do trabalho, de regimes de trabalho e de relação entre as pessoas no e para o trabalho, além de instrumentos e técnicas para realizá-lo. Por isso varia também aquilo que é considerado trabalho e o valor a ele atribuído. Proposta de Trabalho: Juntamente com professores de outras disciplinas discutir o tema de forma a compreender a Divisão Territorial do Trabalho, os processos de consumo na sociedade atual, as tributações, sendo esse trabalho para o professor de Geografia. Já o professor de Português, pode trabalhar as relações de consumo e propagandas. Sendo dever do professor de História elucidar a questão do trabalho e exploração de mão de obra. Com o professor de matemática, este pode trabalhar as relações de juros e tributos. Transversalidade Nos parâmetros curriculares nacionais os conteúdos do tema transversal trabalho. E consumo encontram-se transversalizados nas diferentes áreas, chamando-se a atenção Para o fato de que algumas conformam parcerias privilegiadas com o tema. Trabalho e Consumo dialoga estreitamente com os outros temas transversais. Destaca-se a relação existente entre os conteúdos do tema Trabalho e Consumo com Meio Ambiente e Saúde. Esses temas se entrelaçam em diversos momentos mostrando a convergência entre os vários debates tratados nos diferentes temas transversais. Os conteúdos e objetivos de Ética norteiam este tema, através da discussão sobre responsabilidade, solidariedade, justiça. Orientação Sexual aprofunda a discussão sobre gênero, que aparecem neste documento sob a perspectiva da situação da mulher no mercado de trabalho e na divisão do trabalho doméstico. Pluralidade Cultural brinda o suporte para a discussão sobre diversidade e desigualdade. Além disso, apresenta conteúdos que retomam, na perspectiva da pluralidade, questões aqui tratadas, como ao trabalhar com a organização familiar e a partilha das responsabilidades. Trata-se de uma abordagem sobre o trabalho doméstico, problematizando sua tradicional divisão de gênero e enfatizando a igualdade de direitos e deveres de homens e mulheres. Neste mesmo bloco, ao discutir a vida comunitária, discute os dilemas do trabalho. O mesmo pode ser dito dos conteúdos que retomam características culturais, de organização política e inserção econômica de diferentes grupos humanos presentes na formação do Brasil e os conteúdos que tratam de direitos humanos e cidadania. 2- Quais são os Temas Transversais: · Trabalho e Consumo; · Meio Ambiente e Saúde; · Ética; · Orientação Sexual; · Pluralidade Cultural 3- Qual é a fundamentação teórica metodológica para a área de Geografia: Em Geografia, discute-se o trabalho como presença histórica do pensar e fazer humanos e como o trabalho aparece concretamente nas relações sociais, tornando compreensíveis as questões políticas e econômicas que criam desigualdades entre os homens. Propõe-se pensar sobre o trabalho trazendo soluções para os problemas de sobrevivência, criando produtos e serviços necessários à vida humana e também discutir a sociedade de consumo com sua face perversa e devoradora dos recursos naturais, assim como as desigualdades de acesso ao consumo de bens e serviços. O tema Trabalho e Consumo está presente principalmente no tratamento das relações entre o mundo rural e o urbano. Discute-se a diversidade das formas de expressão e relações de trabalho, os direitos, a exploração do trabalho infanto-juvenil, sendo que trabalho e consumo aparece de forma ampla nos conteúdos que tratam das tecnologias e modernização. Quando trata da conquista da cidadania, os aspectos ligados aos direitos dos trabalhadores e dos consumidores também podem ser estudados por meio da Geografia, analisando como e porque o mercado se organiza, a desigualdade que produz, a diversidade e desigualdade no consumo dos produtos e serviços e seu impacto sobre a saúde e o meio ambiente, assim como o papel da mídia e da propaganda. Em Geografia, discute-se o trabalho como presença histórica do pensar e fazer humanos e como o trabalho aparece concretamente nas relações sociais, tornando compreensíveis as questões políticas e econômicas que criam desigualdades entre os homens. Propõe-se pensar sobre o trabalho trazendo soluções para os problemas de sobrevivência, criando produtos e serviços necessários à vida humana e também discutir a sociedade de consumo com sua face perversa e devoradora dos recursos naturais, assim como as desigualdades de acesso ao consumo de bens e serviços. O tema Trabalho e Consumo está presente principalmente no tratamento das relações entre o mundo rural e o urbano. Discute-se a diversidade das formas de expressão e relações de trabalho, os direitos, a exploração do trabalho infanto-juvenil, sendo que trabalho e consumo aparece de forma ampla nos conteúdos que tratam das tecnologias e modernização. Quando trata da conquista da cidadania, os aspectos ligados aos direitos dos trabalhadores e dos consumidores também podem ser estudados por meio da Geografia, analisando como e porque o mercado se organiza, a desigualdade que produz, a diversidade e desigualdade no consumo dos produtos e serviços e seu impacto sobre a saúde e o meio ambiente, assim como o papel da mídia e da propaganda. Bibliografia: BRASIL. MEC – Ministério da Educação e Desporto: Secretaria da Educação Fundamental. PCN - Parametros Curriculares Nacionais: Terceiro e Quarto Ciclos – Temas Transversais: Trabalho e Consumo. Brasilia: SEF, 1998PCN – Introdução - Ensino Fundamental – Terceiro e Quarto ciclosA Educação E Cidadania: Uma Questão Mundial A educação está na pauta das discussões mundiais. Em diferentes lugares do mundo discute-se cada vez mais o papel essencial que ela desempenha no desenvolvimento das pessoas e das sociedades. Documentos de órgãos internacionais apresentam reflexões sobre a educação e fazem uma análise prospectiva em que destacam alguns aspectos. • Neste final de milênio, os dividendos das importantes descobertas e dos progressos científicos da humanidade convivem com desencantamento e desesperança, alimentados por problemas que vão do aumento do desemprego e do fenômeno da exclusão, inclusive nos países ricos, à manutenção dos níveis de desigualdade de desenvolvimento nos diferentes países. O aumento das interdependências entre nações e regiões contribuiu para colocar o foco nos diferentes desequilíbrios, entre ricas e pobres, como também entre “incluídos” e “excluídos” socialmente, no interior de cada país; com a extensão dos meios de informação e de comunicação evidenciaram-se também modos de vida e de consumo de uma parcela dos habitantes do planeta em contraposição a situações de miséria extrema. • Embora parte da humanidade esteja mais consciente das ameaças que pesam sobre o ambiente natural e da utilização irracional dos recursos naturais, que conduz a uma degradação acelerada do meio ambiente que atinge a todos, ainda não há meios eficientes para solucionar esses problemas; além disso, a crença de que o crescimento econômico pudesse beneficiar a todos e permitisse conciliar progresso material e eqüidade, o respeito da condição humana e o respeito à natureza, nem sempre exercido. • Com o fim da guerra fria, vislumbrou-se a possibilidade de um mundo pacificado. No entanto, as tensões continuam a explodir entre nações, grupos étnicos ou a propósito de injustiças acumuladas nos planos econômico e social. • Num contexto mundial, marcado pela interdependência crescente entre os povos, pressupõe-se que é preciso aprendermos a viver juntos no planeta. Mas como fazê-lo se não formos capazes de viver em nossas comunidades naturais de pertinência: nação, região, cidade, bairro, participando da vida em comunidade? Diante de tantas questões, muitas das quais sem respostas definitivas, há pelo menos uma certeza: a de que as políticas para a educação não podem deixar de se interpelar por esses desafios. Contribuindo para tal reflexão, alguns documentos apontam tensões consideradas centrais e que merecem ser analisadas. A tensão entre o global e o local, ou seja, entre tornar-se pouco a pouco cidadão do mundo sem perder suas raízes, participando ativamente da vida de sua nação e de sua comunidade. Num mundo marcado por um processo de mundialização cultural e globalização econômica, os fóruns políticos internacionais assumem crescente importância. No entanto, as transformações em curso não parecem apontar para o esvaziamento dos Estados/Nação. Pelo contrário, a busca de uma sociedade integrada no ambiente em que se encontra o “outro” mais imediato, na comunidade mais próxima e na própria nação, surge como necessidade para chegar à integração da humanidade como um todo. É cada vez mais forte o reconhecimento de que a diversidade étnica, regional e cultural continuam a exercer um papel crucial e de que é no âmbito do Estado/Nação que a cidadania pode ser exercida. Alguns dados recentes: Sobre a educação brasileira O quadro educacional brasileiro é ainda bastante insatisfatório. Alguns indicadores quantitativos e qualitativos mostram o longo caminho a percorrer em busca da eqüidade. Comparações com outros países em estágio equivalente de desenvolvimento colocam o Brasil em desvantagem na área da educação. A questão do analfabetismo Pode-se dizer que o analfabetismo no Brasil é, hoje, um fenômeno localizado: enquanto a região Sudeste, por exemplo, apresenta uma taxa inferior a 5% de analfabetos com 15 anos ou mais de idade, a região Nordeste apresenta, nessa faixa, uma taxa superior a 30%. Ensino Fundamental - Uma Prioridade O ensino fundamental compõe, juntamente com a educação infantil e o ensino médio, o que a Lei Federal nº 9.394, de 1996 — nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional —, nomeia como educação básica e que tem por finalidade “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. De acordo com a LDB, o ensino fundamental no Brasil tem por objetivo a formação básica do cidadão mediante: “I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidade e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.” Geografia Os Parâmetros Curriculares Nacionais para a área de Geografia fundamentam-se numa abordagem teórica e metodológica que procura contemplar os principais avanços que ocorreram no interior dessa disciplina. Entre eles, destacam-se as contribuições dadas pela fenomenologia no surgimento de novas correntes teóricas do pensamento geográfico, as quais se convencionou chamar de Geografia Humanista e Geografia da Percepção. Sem abandonar as contribuições da Geografia Tradicional, de cunho positivista, ou da Geografia Crítica, alicerçada no pensamento marxista, essas novas “geografias” permitem que os professores trabalhem as dimensões subjetivas do espaço geográfico e as representações simbólicas que os alunos fazem dele. Bibliografia: BRASIL. MEC – Ministério da Educação e Desporto: Secretaria da Educação Fundamental. PCN - Parametros Curriculares Nacionais: Terceiro e Quarto Ciclos – Introdução. Brasilia: SEF, 1998

Artigos de textos elaborados

Portfólio

O Portfolio enquanto ferramenta pedagógica pode ser descrito como uma coleção organizada e planejada de trabalhos produzidos pelo(s) aluno(s), ao longo de um determinado período de tempo, de forma a poder proporcionar uma visão alargada e detalhada da aprendizagem efetuada bem como das diferentes componentes do seu desenvolvimento cognitivo, metacognitivo e afectivo. Reflete também a identidade de cada aluno, de cada professor, em cada contexto, enquanto construtores do seu desenvolvimento ao longo da vida. Permite uma verdadeira avaliação contínua.


O portfólio ou porta-fólio é um dos procedimentos de avaliação condizente com a avaliação formativa; é uma coleção proposital do trabalho do aluno que conta a história dos seus esforços, progresso ou desempenho em uma determinada área. Essa coleção deve incluir a participação do aluno na seleção do conteúdo do portfólio; as linhas básicas para a seleção; os critérios para julgamento do mérito e evidência de auto-reflexão pelo aluno. Cada portfólio é uma criação única porque o aluno seleciona as evidências de aprendizagem sobre o processo desenvolvido.
No portfólio deve constar a participação do aluno na seleção do seu conteúdo; as linhas básicas para a seleção; os critérios para julgamento do mérito e evidência/auto-reflexão pelo aluno.
Esse entendimento inclui três idéias básicas:
a) a avaliação é um processo em desenvolvimento;
b) os alunos são participantes ativos desse processo porque aprendem a identificar e a revelar o que sabem e o que ainda não sabem;
c) a reflexão pelo aluno sobre sua aprendizagem é parte importante desse processo.
Na construção do portfólio, o aluno conserva uma coleção organizada de suas atividades, de modo que possa perceber sua trajetória, assim como suas necessidades iniciais e como satisfez ao logo do período de trabalho.
Os alunos têm dificuldade ou resistência em construir seu portfólio por:
falta de costume de avaliar suas próprias produções;
causa da preocupação em ter um "modelo" pré-estabelecido;
resistência em razão de não ter uma receita;
incompreensão do que pode e do que não pode ser incluído; ser muito trabalhoso, "já que a reflexão é parte do trabalho";
apresentação de forma padronizada;
concepção ainda arraigada da avaliação tradicional;
falta de prática reflexiva para redigir, escrever, analisar e auto-avaliar;

Referência:
VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2004.

Plano de Aula