Portfólio
O Portfolio enquanto ferramenta pedagógica pode ser descrito como uma coleção organizada e planejada de trabalhos produzidos pelo(s) aluno(s), ao longo de um determinado período de tempo, de forma a poder proporcionar uma visão alargada e detalhada da aprendizagem efetuada bem como das diferentes componentes do seu desenvolvimento cognitivo, metacognitivo e afectivo. Reflete também a identidade de cada aluno, de cada professor, em cada contexto, enquanto construtores do seu desenvolvimento ao longo da vida. Permite uma verdadeira avaliação contínua.
O portfólio ou porta-fólio é um dos procedimentos de avaliação condizente com a avaliação formativa; é uma coleção proposital do trabalho do aluno que conta a história dos seus esforços, progresso ou desempenho em uma determinada área. Essa coleção deve incluir a participação do aluno na seleção do conteúdo do portfólio; as linhas básicas para a seleção; os critérios para julgamento do mérito e evidência de auto-reflexão pelo aluno. Cada portfólio é uma criação única porque o aluno seleciona as evidências de aprendizagem sobre o processo desenvolvido.
No portfólio deve constar a participação do aluno na seleção do seu conteúdo; as linhas básicas para a seleção; os critérios para julgamento do mérito e evidência/auto-reflexão pelo aluno.
Esse entendimento inclui três idéias básicas:
a) a avaliação é um processo em desenvolvimento;
b) os alunos são participantes ativos desse processo porque aprendem a identificar e a revelar o que sabem e o que ainda não sabem;
c) a reflexão pelo aluno sobre sua aprendizagem é parte importante desse processo.
Na construção do portfólio, o aluno conserva uma coleção organizada de suas atividades, de modo que possa perceber sua trajetória, assim como suas necessidades iniciais e como satisfez ao logo do período de trabalho.
Os alunos têm dificuldade ou resistência em construir seu portfólio por:
falta de costume de avaliar suas próprias produções;
causa da preocupação em ter um "modelo" pré-estabelecido;
resistência em razão de não ter uma receita;
incompreensão do que pode e do que não pode ser incluído; ser muito trabalhoso, "já que a reflexão é parte do trabalho";
apresentação de forma padronizada;
concepção ainda arraigada da avaliação tradicional;
falta de prática reflexiva para redigir, escrever, analisar e auto-avaliar;
Referência:
VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2004.
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